quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sambei, Sambou

E o samba?
Quando aquela calma te invade, te morde as carnes deixando que o veneno da paz te amoleça bem devagar, você sabe que o corpo só vai voltar a se rebelar quando ouvir um samba. E aí, meu amigo, pode ser um da Vila, da Zona Sul ou até aquele que se embola com o baião, não importa: é só o samba que vai fazer seu corpo sair da inércia.

E quando o seu nêgo canta devagar pra você, com aquela voz rouca que te envolve, não importa mais quem tá certo ou errado, você vai lá cuidar dele, porque ele pediu, igual ao Martinho, e todo mundo sabe que só os boêmios amam daquele jeito que você gosta, não é? E nem adianta dar chilique, porque ele já disse que se você não quiser sambar pra ele, isso é problema seu.

E você vem devagarzinho, brincar de ser meu bem. Perdendo medo, vem rodar com gente e fazer dessa roda, a única coisa que importa nessa noite. Com cerveja, caipirinha, sandália rasteira que aos poucos fica de lado e sorriso, porque sem sorriso não tem samba... sem mágoa não tem samba... sem festa não tem samba... sem vida não tem samba, sem vida, não dá pra sambar.

Um comentário:

  1. Samba é dança da vida. Adoro. E fiquei muito feliz com o seu comentário! Um grande abraço.

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